domingo, 31 de março de 2013

O uso das novas tecnologias e das mídias de informação. Computador na Educação: a Informática Educativa.


O uso das novas tecnologias e das mídias de informação. Computador na Educação:
a Informática Educativa.

Por Graziela Ferreira



Nos dias atuais, tornou-se trivial o comentário de que a tecnologia está presente em todos os lugares, o que certamente seria um exagero. Entretanto, não se pode negar que a informática, de forma mais ou menos agressiva, tem intensificado a sua presença em nossas vidas. Gradualmente, o computador vai tornando-se um aparelho corriqueiro em nosso meio social. Conseqüentemente, todas as áreas vão fazendo uso deste instrumento e com certeza todos terão de aprender a conviver com essas máquinas na vida pessoal assim como também na vida profissional.
Na educação não seria diferente. A manipulação dos computadores, tratamento, armazenamento e processamento dos dados estão relacionados com a idéia de informática. Buscando um significado, pode-se dizer que Informática é: “conjunto de conhecimentos e técnicas ligadas ao tratamento racional e automático de informação (armazenamento, análise, organização e transmissão).
O computador é uma máquina que possibilita testar idéias ou hipóteses, que levam à criação de um mundo abstrato e simbólico, ao mesmo tempo em que permite introduzir diferentes formas de atuação e interação entre as pessoas. Sendo assim, é um equipamento que assume cada vez mais diversas funções. Como ferramenta de trabalho, contribui de forma significativa para uma elevação da produtividade, diminuição de custos e uma otimização da qualidade dos produtos e serviços. Já como ferramenta de entretenimento as suas possibilidades são quase infinitas.
Através da Internet, é possível ignorar o espaço físico, conhecer e conversar com pessoas sem sair de casa, digitar textos com imagens em movimento, inserir sons, ver fotos, desenhos, ao mesmo tempo em que podemos ouvir música, assistir vídeos, fazer compras, estreitar relacionamentos em comunidades virtuais, participar de bate-papos (chats), consultar o extrato bancário, pagar contas, ler as últimas notícias em tempo real, enfim, trabalho e lazer se confundem no cyberespaço.
A chegada das tecnologias no ambiente escolar provoca uma mudança de paradigmas. A Informática Educativa nos oferece uma vastidão de recursos que, se bem aproveitados, nos dão suporte para o desenvolvimento de diversas atividades com os alunos. No entanto, a escola contemporânea continua seguindo o padrão, no qual o professor fala, o aluno escuta, o professor manda, o aluno obedece.  A chegada da era digital coloca a figura do professor como um “mediador” de processos. Porém, para que isso ocorra de fato, é preciso que o professor não tenha “medo” da possibilidade de autonomia do aluno, pois muitos acreditam que com o computador em sala de aula, o professor pede o seu lugar.
As ferramentas do computador, especialmente a Internet, podem ser um recurso rico em possibilidades que contribuam com a melhoria do nível de aprendizagem, desde que haja uma reformulação no currículo, que se crie novos modelos metodológicos, que se repense qual o significado da aprendizagem. Uma aprendizagem onde haja espaço para que se promova a construção do conhecimento. Conhecimento, não como algo que se recebe, mas concebido como relação, ou produto da relação entre o sujeito e seu conhecimento. Onde esse sujeito descobre, constrói e modifica, de forma criativa seu próprio conhecimento.
O grande desafio da atualidade consiste em trazer essa nova realidade para dentro da sala de aula, o que implica em mudar, de maneira significativa, o processo educacional como um todo.


Referências:

sábado, 30 de março de 2013

A Saúde como Elemento para Repensar a Prática do Ensino


A Saúde como Elemento para Repensar a Prática do Ensino

Por Juliana de Souza







Ensinar já foi visto como um dom, uma função de alto valor social , valorizada pelos cidadãos  e assumida pela sociedade como uma atividade pública. Atualmente essa atividade perdeu esse sentido totalmente.
Devido ao aumento do capitalismo, novas modificações foram  promovidas e a educação passou a ser vista como mercadoria , visando sempre obter  lucro. Um exemplo disso é a prática de ensino. A educação tornou-se um dos setores mais lucrativos sendo um investimento que gera um retorno imediato desencadeado pelo desmoronamento  da educação gratuita e pública. Assim, é possível  aplicar à essa atividade a lógica de produção capitalista , possivelmente gerenciando aqueles que produzem tal “mercadoria” (os professores) , como se gerencia os trabalhadores de uma fábrica. Assim , várias regras como as aplicadas aos demais trabalhadores dos setores primário e secundário da economia foram aplicadas aos professores:   controle de produtividade, do ritmo de trabalho, do tipo de tarefa a executar, tempo para sua execução, da jornada e carga de trabalho necessárias.
Inicialmente esse processo passou pelo desmoronamento da educação pública , obrigando assim cada vez mais os professores a ingressarem na rede privada de ensino que se assemelha muito a uma empresa capitalista submetendo-se ao mesmo sistema de exploração ao qual estão subjugados os trabalhadores em geral: instabilidade no emprego, intenso ritmo de trabalho, amplas jornadas de trabalho. A partir dessa ideia de educação vamos procurar entender a relação saúde/doença do professor.
O trabalho humano possui um duplo caráter, por um lado é fonte de realização, satisfação e prazer, estruturando e conformando o processo de identidade dos sujeitos; por outro, pode também transformar-se em elemento patogênico, tornando-se nocivo à saúde (Seligmann-Silva, 1987, Dejours, 1987).
Com o avanço da medicina social , houve uma conscientização maior  dos profissionais de saúde quanto à necessidade de constantes serviços voltados para a prevenção e promoção da saúde antes que ocorra a patologia. Com isso , os trabalhadores e seus representantes estão buscando mais  medidas que garantam ambientes ocupacionais saudáveis( pode-se observar o incremento dos estudos das relações entre condições de trabalho e saúde dos trabalhadores).
No entanto, a maioria das investigações está voltada para categorias de trabalhadores onde a inter-relação entre trabalho e saúde é mais visível, pela própria natureza da atividade, como contato com equipamentos cortantes ou substâncias tóxicas). No Brasil, pouco tem sido feito no sentido de avaliar os efeitos do trabalho sobre a saúde nas  categorias de trabalhadores onde os riscos são menos aparentes, como por exemplo em professores. A maior parte da bibliografia encontrada sobre esse assunto  em questão é originária de outros países.
Há um comum acordo nesses estudos, de que ensinar é um ofício altamente estressante, com efeitos evidentes na saúde física e mental, e no desempenho profissional dos professores.
O professor é acometido de intensa ansiedade e estresse devido à vários fatores , entre eles estão pressão do tempo ,relacionamento com a administração e outros colegas de trabalho, ameaças verbais e físicas feitas pelos alunos , tarefas extra-classe, reuniões e atividades adicionais e, problemas com estudantes . Todo esse estresse tem um grande impacto na saúde do professor, principalmente na parte psicológica, podendo levar à depressão e falhas cognitivas.
Segundo pesquisa feita pela Organização Internacional do Trabalho , um em cada dois professores avaliados  estava exposto ao risco de sofrer um ataque cardíaco ; entre docentes da Hungria observou-se maior prevalência de distúrbios causados por estresse, labirintite, faringite, neuroses e doenças dos aparelhos locomotor e circulatório em professores; entre educadores franceses, segundo dados oficiais, 60% dos pedidos de licença por motivo de doença estavam relacionados a distúrbios nervosos. Além disso, observou-se, entre pessoas hospitalizadas por doenças mentais, maior incidência de neuroses com depressão entre os docentes do que em outras áreas profissionais. Na Inglaterra, um estudo realizado em 1978, mostrou que 25% dos professores não acreditavam na própria permanência na profissão pelos próximos dez anos, e 20% a 30% deles qualificaram-na como causadora de estresse.
Nos Estados Unidos, DeFrank & Stroup (1989) estudaram professores de escolas elementares para analisar  a relação entre fatores pessoais, estresse, insatisfação no trabalho e problemas de saúde. Dos indivíduos estudados 96% eram mulheres, 76% casadas, com média de idade de 39, 4 (±9,2) anos e ensinando, em média, 12,1 (±6.9) anos. De acordo com o instrumento de avaliação de estresse usado , os itens relatados com mais frequência foram sobrecarga laboral e problemas com os alunos (mencionados como "tentativas contínuas de motivar estudantes que não desejam aprender").
Os problemas de saúde mais frequentes foram: perda de energia, impaciência, dores de cabeça, hiperalimentação, aumento da irritabilidade e dores na coluna. Em sessão aberta do questionário, os professores qualificaram como principais fatores de estresse: avaliações, tempo insuficiente para as tarefas determinadas , preocupações diárias (trabalho de casa, currículos, reuniões), responsabilidades extracurriculares, problemas com os pais que não se preocupavam com a vida escolar do aluno e falta de tempo para a família. Fatores demográficos e experiência de ensino não influenciaram estresse. Estresse apareceu como um forte preditor de insatisfação e esta mostrou-se fortemente associada aos problemas de saúde.

No Brasil, as referências de estudos abordando as condições de saúde e trabalho dos docentes são ainda escassas e, apenas na segunda metade da década de 90, foram feitas algumas investigações, abordando as condições de saúde e trabalho da escola pública. As evidências encontradas nesses estudos são preocupantes e apontam a importância de serem tomadas medidas imediatas. A investigação de Codo et al. (1998) sobre a saúde mental dos professores de 1º e 2º graus em todo o país, abrangendo 1440 escolas e 30.000 professores, revelou que 26% dos professores da amostra estudada apresentavam exaustão emocional (cerca de 1 professor a cada quatro estudados). Essa proporção variou de 17% em Minas Gerais e Ceará a 39% no Rio Grande do Sul. A desvalorização profissional, baixa auto-estima e ausência de resultados percebidos no trabalho desenvolvido foram fatores importantes para o quadro encontrado.
Ruiz et al. (1995), investigaram a demanda de professores de 1º e 2º graus da rede pública de Sorocaba, São Paulo, num ambulatório especializado em saúde ocupacional. A procura por atendimento foi periódica nos semestres: no começo do ano era pequena, nos meses seguintes aumentava, no início do 2º semestre diminuía novamente, e outra vez aumentava no final do ano.
Durante as férias, a procura registrada era mínima. Segundo os autores, esse comportamento da demanda favorece a hipótese de que a procura do cuidado médico e, consequente afastamento do trabalho, era maior no decorrer do período letivo, revelando um desgaste crescente dos professores. Dentre as doenças mais frequentes encontraram a laringite, que representou 39,8% dos diagnósticos realizados, seguida pela asma ocupacional (15,3%), alergia ocupacional (6,8%) e lesões por esforços repetitivos (LER).
Carvalho (1995), analisando professoras primárias na cidade de Belém, encontrou níveis mais elevados de suspeita de sintomas psíquicos (de acordo com o instrumento de detecção utilizado: o MMPI), em escolas onde se relatou um relacionamento menos democrático com a direção, do que naquelas onde predominavam relações mais democráticas.
Os dados examinados mostram um conjunto de repercussões nocivas do trabalho na saúde dos docentes, ainda que não seja tão evidente como em outras categorias profissionais.
No entanto, a grande maioria dos estudos investigou escolas públicas. Considerando que o ensino em escolas particulares, em muitos aspectos se distingue, radicalmente, das escolas públicas, Se torna importante a avaliação da saúde dos professores, no contexto específico das escolas particulares. Essa necessidade é mais ampla quando o crescimento acelerado do número dessas escolas é considerado, observado no Brasil nos últimos anos.


Referência:

sexta-feira, 29 de março de 2013

Lesões por Esforço Repetitivo


LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS – L.E.R./D.O.R.T.

 Por Juliana de Souza



                   

L.E.R. (Lesões por Esforço Repetitivo) segundo Dr Drauzio Varella não é uma doença propriamente dita. É uma síndrome constituída por um grupo de determinadas doenças como – tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico, síndrome do pronador redondo, mialgias -, que afeta os músculos,os nervos e os tendões principalmente dos membros superiores , e sobrecarrega o sistema musculoesquelético. Esse distúrbio provoca dores e inflamações e a pessoas pode ter alterada a capacidade funcional da região comprometida. Prevalece mais no sexo feminino.
Também chamada de D.O.R.T. (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), L.T.C. (Lesão por Trauma Cumulativo), A.M.E.R.T. (Afecções Musculares Relacionadas ao Trabalho) ou síndrome dos movimentos repetitivos, a L.E.R. tem sua causa atribuída  por mecanismos de agressão, que podem ser desde esforços repetidos continuadas vezes ou que exigem muita força para serem executados, até vibração, postura inadequada e estresse. Essa associação de terminologias fez com que essa condição fosse entendida apenas como uma doença ocupacional, e que profissionais expostos a maior risco são  pessoas que trabalham com computação, em linhas de montagem e de produção ou que operam britadeiras, assim como professores, músicos, atletas, e pessoas que fazem trabalhos manuais, como por exemplo tricô e crochê.

Diagnóstico

O diagnóstico é basicamente clínico. O mais importante é determinar a causa dos sintomas para escolher um tratamento adequado. Para isso, muitas vezes, é preciso uma avaliação multidisciplinar.

Sintomas

Os principais sintomas são: dores nos membros superiores e nos dedos, dificuldade para movimentá-los, formigamento, fadiga muscular, alteração da temperatura e da sensibilidade, redução na amplitude do movimento e inflamação.
É importante ressaltar que, na maioria das vezes, esses sintomas estão ligados a uma atividade inadequada não só dos membros superiores, mas de todo o corpo, que se suscetibiliza, por exemplo, se houver uma compressão mecânica de uma estrutura anatômica, ou se a pessoa ficar sentada em frente ao computador ou ao piano por oito, dez horas seguidas.

Tratamento

Durante as crises agudas de dor, o tratamento inclui o uso de anti-inflamatórios e repouso das estruturas musculoesqueléticasafetadas. Nas fases mais avançadas da síndrome, podem ser feitas  aplicações de corticóides na área da lesão ou por via oral, fisioterapia e intervenção cirúrgica são recursos terapêuticos que também devem ser conceituados.
Os conhecimentos da ergonomia, ( ciência que estuda uma  melhor forma de atingir e preservar o equilíbrio entre o homem, a máquina, as condições de trabalho e o ambiente com o intuito de assegurar eficiência e bem-estar ao trabalhador), têm sido muito úteis no tratamento e prevenção da L.E.R.

Recomendações

* Mantenha as costas eretas, apoiadas num encosto confortável e os ombros relaxados enquanto trabalha sentado. Cuidado para que os punhos não fiquem dobrados. A cada hora, pelo menos, se levante, ande um pouco e faça alongamentos;
* Assegure-se de que a cadeira e/ou banco em que se senta para trabalhar sejam adequados ao tipo de atividade exercida;
* Não imagine que L.E.R. é uma síndrome que afeta apenas as pessoas que trabalham em certas funções. Quem usa o computador, por exemplo, para o lazer durante longos períodos , também está sujeito a desenvolver esse distúrbio;
*Lembre-se que : qualquer região do corpo pode ser acometida por L.E.R. desde que exposta a mecanismos de traumas constantes. Portanto, a síndrome pode se manifestar em regiões do corpo como a coluna lombar, se ocorrer  sobrecarga  na mesma ou no tendão do calcâneo (tendão de Aquiles), se a pessoa caminha ou corre longas distâncias.


Referências:


http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/lesoes-por-esforcos-repetitivos-l-e-r-d-o-r-t/

Distúrbios psicológicos afetam a parte física


Distúrbios psicológicos afetam a parte física

Por: Adriana Lidia Kappaun Rocha




Interação entre a mente e o corpo

Uma série de problemas físicos é desencadeada quando problemas psicológicos alteram a sintonia entre o cérebro e os sistemas do nosso organismo.Por exemplo, a depressão pode inibir o sistema imunológico, tornando a pessoa mais suscetível a determinadas infecções; o estresse emocional afeta o corpo, causando ansiedade que ativa o sistema nervoso e os hormônios, os quais aumentam a frequência cardíaca, a pressão arterial e a sudorese. Também causa tensão muscular, produzindo dor no pescoço, nas costas e na cabeça. Pessoas com um estresse intenso podem desenvolver hipertensão e problemas cardiovasculares. A peletambém sente as aflições psíquicas: pessoas depressivas, ansiosas e estressadas tendem a desenvolver ou piorar problemas como a dermatite, acne, queda de cabelo.
As emoções e sentimentos influenciam diretamente o equilíbrio biológico do homem. O medo, a ansiedade,a mágoa podem desencadear sintomas por todo o corpo - dor de cabeça, tontura, falta de ar, insônia, dor nas costas -que acabam afetando algumas funções biológicas como a pressão cardíaca, a tensão muscular, a sudorese.Trata-se dasomatização, um processo pelo qual distúrbios de origem psíquica, emocionalproduzem um mal-estar físico, sem causa orgânica. Não há uma doença física, os sintomas têm causa emocional.
Já a doença psicossomática é aquela detectada através de exames e que tem uma causa psicológica, de fundo emocional. Apresenta sintoma endócrino, gastrointestinal, imunológico, cardiovascular, respiratório, de pele. Portanto, infecções, alergias, úlcera, herpes, diabetes, hipertensão, problemas de tireoide, podem ser doenças psicossomáticas – afeta o corpo, mas tem origem na mente. É necessário tratamento médico e psicológico.
medicina tem investigado esse processo através da Psicossomática – área da Psicologia que estuda a influência dos processos psicológicos nos processos biológicos / físicos.Os cientistas buscam entender como os sentimentos afetam o organismo; o que ocorre quando há um descompasso entre o cérebro e os demais sistemas do nosso corpo. Este será um grande passo para a prevenção e a cura das doenças desencadeadas por distúrbios emocionais.

Algumas terapias podem amenizar os sintomas da somatização:
Meditação – melhora a resposta do sistema nervoso ao estresse, por meio do controle da ansiedade. Estudo recente comprovou que pacientes cardíacos tiveram uma redução da pressão arterial ao se submeterem à meditação.
Terapias cognitivas - comportamentais -é ummétodo para ajudar o paciente a controlar os sintomascomo a taquicardia, tontura e falta de ar, ou seja, ensiná-lo a evitar as reações emocionais que levam o corpo a responder com sinais físicos.
Portanto, os professores que estão sujeitos à sobrecarga emocional devido às pressões do cotidiano escolar, precisam cuidar dos problemas psicológicos - instabilidade emocional, estresse, ansiedade, depressão, irritabilidade – para evitar os possíveis danos físicos que eles possam causar.




Referências:

-Emoções que afetam a saúde

-Distúrbios psicossomáticos – quando a boca cala... o corpo fala
http://psicool.wordpress.com/2012/04/25/disturbios-psicossomaticos-quando-a-boca-cala-o-corpo-fala-2/

-As doenças da emoção
-www.marisapsicologa.com.br/doencaspsicossomaticas-e-somatizacao.html




quinta-feira, 28 de março de 2013

Síndrome do Pânico


Síndrome do Pânico




Por detrás das cortinas,
da janela fechada,
da porta trancada
com suas fechaduras enferrujadas
vive alguém solitário
com um medo extraordinário.
Medo da vida,
dos ruídos que ela faz,
das dores que ela traz.
Medo de ser visto e ver,
de gostar e se envolver,
de caminhar e cair.
Medo do medo que insiste em sentir.
Excluído da sociedade,
não por sua vontade,
ele tenta reagir
mas tem que admitir
que é quase tão impossível quanto viver.
Cama, cobertas, 
o vazio, a escuridão
é o que acalma o seu coração.
Nesse caso não se admite invasão!
A agonia o persegue de noite e de dia
e ele já perdeu a sua própria companhia.
A vida o algemou
e o sofrimento o sufocou.
Cercado de tarjas pretas
não consegue seguir rumo à liberdade.
Que infame prisão cercada de instabilidade!
Ao seu lado a gaiola
e um lindo pássaro a cantar.
E eis que ele pensa:
Vou soltá-lo, deixá-lo voar
e conhecer os caminhos
por onde eu nunca vou passar.
Vai canarinho,
conheça tudo que eu não vou conhecer
e diga ao mundo
que é na minha gaiola 
que eu vou continuar a viver.

Autora :Silvana Duboc 


Referência: 
http://amigosdaotaepoesia.blogspot.com.br/2008/08/sndrome-do-pnico.html


Professora em pânico


Professora em pânico




Por Juliana de Souza


         Era apenas  mais um dia de trabalho como todos os outros , até que entrei  em um ônibus lotado. Até então normal como sempre acontecia todos os dias , até que o ônibus parou de repente. Começam os boatos entre os passageiros : “ o ônibus quebrou!” dizia um  , “não , foi acidente !” dizia outro. E toda aquela agitação começou a me deixar nervosa. Tinha hora para chegar ao trabalho, afinal de contas, o que era? Acidente? ônibus quebrado ?quanto tempo mais eu ficaria naquele ônibus ? Uma sensação estranha foi me invadindo , me sentia sufocada ,olhei a minha volta procurando pelas janelas  , pensei : -um calor desses e esse pessoal não abre as janelas !  Engano meu , as janelas estavam todas abertas mas era como se não houvesse vento . Suava , senti meu coração disparar , um aperto no peito , sensação de que algo ruim iria acontecer . Eu queria gritar , fugir daquele ônibus nem que fosse pela janela ... Até que após 15 minutos de espera enfim o ônibus andou , e o motivo da parada era apenas uma obra . Mais aliviada , segui normalmente para o trabalho.
           Alguns dias depois , estava sozinha em casa lavando a louça quando  tudo começou novamente.  Aquela sensação estranha me dominando , falta de ar , dor no peito e a sensação de estar enlouquecendo . Larguei o que estava fazendo e corri para minha cama onde desabei a chorar . Chorava muito e sem motivo aparente , eu só sentia que precisava chorar. Após alguns minutos tudo voltou ao normal . Contei ao meu marido o que havia acontecido que me aconselhou a procurar um médico pois  disse que eu andava muito nervosa e sobrecarregada (com dois empregos , dois filhos, marido , casa para cuidar e faculdade de fato,  a gente  pira !! ) Fez questão de me lembrar também que  nós não saíamos mais de casa devido as minhas frequentes desculpas : “ vi no jornal que vai chover hoje. “  “viajar no feriado com todo aquele movimento , pessoas dirigindo embriagadas e causando acidentes ?” “ acho melhor  irmos na semana que vem “ ( e a semana que vem nunca chegava ...)
          Por fim percebi que ele tinha razão , alguma coisa estava errada comigo , então marquei uma consulta com um clínico geral , que após ouvir minha experiência me deu o diagnóstico : você tem síndrome do pânico .





Síndrome do Pânico, você sabe o que é?



Sintomas

            É tão difícil, atualmente, encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar em Síndrome do Pânico. O sintoma básico é um medo enorme sem explicação, indefinido, medo infundado; você acha ridículo sentir esse medo, mas não consegue controlar. Ela é caracterizada pela presença de ataques de pânico. São crises súbitas, repentinas, espontâneas, com forte sensação de medo (medo de tudo e sem motivo), de perigo, de desmaio, de derrame cerebral, loucura ou morte iminente (o que nunca ocorre); sensação de alerta ou de fuga, necessidade de socorro imediato ou até de se encolher num canto, agitação e múltiplos sintomas indefiníveis. Enfim, um terrível mal estar. Você se sente totalmente inseguro, como uma criança. Não houve nenhum fator que o precipitasse.
        De repente a pessoa sente um mal estar estranho na cabeça como se fosse perder a razão, a consciência. É comum uma sensação de estar fora da realidade; ou um mal estar generalizado, como um pressentimento algo muito grave fosse acontecer. E é nesse momento que um outro sintoma (bastante característico) aparece: a necessidade de estar ao lado de alguém que traga segurança. Geralmente, um parente próximo.
             Podem surgir desde palpitações no coração, falta de ar ou dificuldade de respirar, sensação de sufocação ou bolo na garganta, mãos e pés molhados e frios, formigamentos nos braços, pernas ou nos rostos, zoeira, zumbido ou pressão nos ouvidos (como se fosse pressão baixa ou labirintite), suor ou tremedeira generalizado, distúrbio gastrintestinal como (náuseas, enjoos, diarreia, gases, vontade irresistível de urinar, falta ou excesso de apetite), desânimo acentuado, mal estar geral, insônia ou sono excessivo, ondas de calor ou frio, tonteiras.
Porém, pessoas predispostas à síndrome podem desencadeá-la depois de passar por situações traumáticas. Dias , semanas ou meses depois de determinados problemas como perda de entes queridos, desemprego, doenças no lar, pré ou pós-operatórios, assaltos, sequestros, acidentes, etc.
            Como a maioria dos sintomas são físicos, as pessoas procuram outros profissionais, como cardiologistas, neurologistas, gastroenterologistas, clínicos e homeopatas, quando na realidade deveriam procurar o psiquiatra. A pessoa faz uma bateria de exames, desde eletrocardiograma, ecocardiograma, raios-X, exames de sangue e outros, e nada de anormal é detectado. Desesperado, parte até para centros espíritas. 

            O pânico não é detectável por nenhum tipo de exame laboratorial, apenas clinicamente. Os pronto-socorros cardiológicos ou cardiologistas são os primeiros a serem procurados devido à taquicardia, dor no peito e a dormência, depois os outros profissionais, deixando por último, até por preconceito, os psiquiatras. Dez por cento dos atendimentos cardiológicos são portadores da síndrome do pânico, que examinados pelos cardiologistas constatam que não há quaisquer anomalias. A síndrome do pânico não é uma doença psicológica, e sim física. O que ocorre é um desequilíbrio de determinada área do cérebro, alterando a química dos neuro-transmissores, responsáveis pelos impulsos nervosos. O sistema nervoso central é que comanda as funções vitais do nosso corpo, por isso ocorrem uma série de alterações no nosso organismo, é o que chamamos de D.N.V (distúrbios neuro-vegetativos).
          É muito comum aos portadores da síndrome um medo constante de sentir-se mal na rua e em outras situações onde a saída e o socorro seriam difíceis. É a agorafobia, em que a pessoa apresenta uma esquiva fóbica em relação a diversas situações públicas. Com esse medo, a pessoa não consegue mais frequentar ambientes cheios, tais como supermercados, shoppings, cinemas, teatros, bancos cheios, filas, multidões, etc. Também é comum sentir pânico de altura, de elevador, de avião, túnel, ponte Rio-Niterói, de temporal, de afastar-se de casa para outras cidades ou países; são situações onde a saída e o socorro são difíceis. Cria desculpas para não sair de casa. E, com frequência devido à incompreensão, começam a surgir os problemas familiares. Devido o mal estar constante, o ambiente familiar fica comprometido, chegando até a separação.
           O portador do pânico sofre duplamente, pois além do sofrimento físico que a própria doença proporciona, sofre por não ser compreendido por alguns familiares. É comum o portador da síndrome ouvir frases como “reaja!”, “isso é frescura...”, “para de chilique”, “você tem medo do quê?” “chorando de novo ? “

O Tratamento 

            Como a síndrome do pânico não é psicológica, a crise não desaparece com terapias. O máximo que se pode alcançar com isso é adiar o sofrimento. A terapia comportamental é importante como auxiliar no tratamento medicamentoso. O pânico não desaparece espontaneamente; ao contrário, tende a agravar com o tempo.

           Os pacientes são tratados com remédios que atuam diretamente no sistema nervoso central, equilibrando os neuro-transmissores (noradrenalina, adrenalina, serotonina e outros) e evitando as crises. O tratamento considerado específico conjuga o antidepressivo a outras medicações, conforme o caso; e assim mesmo, não existe um antidepressivo único para todos.

Os Remédios 

           O antidepressivo (tarja vermelha), ao contrário do tranquilizante (tarja preta), não causa nenhuma dependência mesmo quando combinado com este; ao contrário, afasta a dependência de qualquer tranquilizante. Os portadores do pânico têm um medo cruel da dependência dos remédios, principalmente daqueles que possuem tarjas pretas. 

           Se um profissional médico prescrever somente o tranquilizante (tarja preta) com o objetivo de cura e a pessoa tomar por mais de três meses, aí sim, poderá tornar-se dependente, pois os tranquilizantes são depressores do sistema nervoso central. Os tranquilizantes apenas aliviam, acalmam momentaneamente os sintomas. Passado o efeito do medicamento, os sintomas retornarão. A maioria das pessoas costuma generalizar os remédios psiquiátricos quanto a seus efeitos. Elas imaginam que todos são tranquilizantes, dopantes ou causadores da impotência sexual. Ou então que são nocivos à saúde. Puro engano. E o mal maior que a doença traz? O indivíduo tem medo do remédio causar impotência e acaba ficando impotente por causa da doença. O importante é lembrar que cada caso é um caso, portanto, vai depender e muito do feeling do médico na hora de lidar com o paciente.
Existem antidepressivos tricíclicos, tetracíclicos, IMAOS (inibidor da monoaminooxidase) e o mais recente, que é o ISRS (inibidor seletivo de receptação de serotonina), que tem uma variedade enorme. Mas só os médicos entendem como eles devem ser usados.
            Um dos maiores problemas é que os remédios antidepressivos não são administrados de forma adequada aos pacientes. Essa não é só a minha opinião, mas também a de especialistas internacionais que estiveram em São Paulo durante o V Congresso Brasileiro de Clínica Médica, em novembro de 1999. Os remédios podem prejudicar, sim, quando mal receitados.
        Diagnosticar a síndrome do pânico não é nenhum mistério, a questão principal é acertar nos remédios. Se você não teve sucesso com alguns remédios, não desanime,insista, procure o profissional da sua confiança. Ninguém morre do pânico e nem perde o autocontrole.
Num lar onde existe um portador da síndrome do pânico, deverá haver muito amor, carinho, muita compreensão e apoio moral.


Referências:

quarta-feira, 27 de março de 2013

Dicas para manter a saúde do professor


Dicas para manter a saúde do professor


Por Paulo Henrique Silva

                                            
     Que a revista Nova Escola é uma boa referencia para o professor, não resta dúvida, além de planos de aulas e matérias incríveis, dicas valiosas para os professores, como as 10 dicas abaixo:



















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Queridos leitores, ficam as dicas! 






Referência:

http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/galeria-gestao-escolar-saude-do-professor-736718.shtml#ad-image-7