Uma conclusão que não termina aqui!
Por Paulo Henrique Silva
Adriana,
Juliana, Graziela, Roseane e eu, distantes, mas sempre perto, unidos. As novas
tecnologias da informação e da comunicação e os ambientes virtuais restritos,
proporcionaram, que indivíduos
geograficamente dispersos, nós, pudéssemos
nos encontrar e construir conhecimento, como co-autores, autores, sujeitos de
nossa própria história, centro do processo de ensino-aprendizagem,
tornando todo o percurso significativo e realmente produtivo. Estivemos
pensando em como finalizar mais essa etapa da nossa trajetória acadêmica, eu particularmente pensei em recitar
a primeira ou segunda ementa constitucional, a Declaração
Universal dos Direitos do Homem, enfim... He, He, He, mas esse não é o fim é só o início, pois
decorrente destes trabalhos, novas dúvidas, novos
aprendizados, novos desafios, novas oportunidades de desconstrução e construção do
conhecimento surgem e surgirão, num processo dialético.
Esse poderia ser
mais um artigo, mas ele é o artigo, o artigo que pode não ser capaz de
expressar o real crescimento, proporcionado por esse processo, mas que
certamente poderá dar contorno a uma idéia do quão mudados
estamos, quando olhamos no espelho já não somos mais os
mesmos, citando Platão: “Nenhum homem jamais cruza o mesmo
rio duas vezes, pois não é o mesmo rio e ele não
é o mesmo homem.” Não permanecemos estáticos
diante da vida, do conhecimento, não podemos cruzar novamente o mesmo
rio, mas outros rios se farão presente em nossa jornada e mais
que nunca estamos preparados para atravessar os rios da mudança, do
crescimento, do conhecimento.
Se fossemos mencionar toda experiência proporcionada por
esse, certamente esse artigo se tornaria exaustivo para você, caro leitor, por
isso, no meu caso, mais que uma construção significativa, onde eu estava no
centro do processo, onde eu era sujeito da construção
do conhecimento, co-autor, portador de voz, voz que essa que a muitos foram e
ainda é negada, eu tive a oportunidade de crescer na interação
com o outro, no trabalho em grupo, no diálogismo, em construções
que se encontravam e que quando não se encontravam, através das
equilibrações e desequilibrações,
foram peças fundamentais para o diálogo e construção
do conhecimento.
Mesmo muito bem acompanhado, por todos que fala comigo quando
escrevo, estou me sentindo muito sozinho... e vocês meninas, o que acham?
Diga
você Adriana:
“A participação na
oficina do Seminário 4 e a realização do projeto – a criação do blog – foi uma
experiência instigante, dinâmica e motivadora que me levou a refletir e
compreender a importância do trabalho com projetos na escola, junto aos alunos.
Pude entender como o conhecimento pode ser construído de forma compartilhada.
Pesquisar, dialogar com os colegas do grupo, trocar informações e escrever os
artigos nos proporcionou aprender sobre um assunto importante para todos nós -
os males que afetam a saúde dos professores como a Síndrome do pânico; a
Síndrome de Burnout; os problemas com a voz, entre outros e o que pode ser
feito para evitá-los: cuidar da mente (do estresse e da ansiedade, reservando
horas para o lazer, evitando a sobrecarga de trabalho) e do corpo (praticando
exercícios físicos; os cuidados com a postura e com a voz). Todo esse processo
contribuiu para uma aprendizagem significativa que levaremos para toda a vida.”
(Adriana, 2013)
Meninas, sei
que estão
um pouquinho tímidas,
mas não podemos
deixar nossos leitores esperando, que será a próxima?
Então nos diga, corajosa, Graziela:
“Este Seminário 4
para mim foi muito importante, pois me fez avaliar como se deve trabalhar um
projeto. Pude perceber que quando trabalhei com projetos com meus alunos fiz
tudo errado, pois eu estipulava o que deveria ser feito e não permitia que os
alunos contribuíssem com idéias, pois eu achava que assim era o certo. Depois
da minha participação nesse Seminário, pude perceber como eu estava errado, e
assim já estou elaborando um projeto em que junto com meus alunos vamos
trabalhar o Dia do índio. Estamos elaborando passo a passo do projeto juntos.
As crianças são pessoinhas muito interessadas a participarem e eu estou
aprendendo muito com eles.
De todos os
Seminários que já participei, este foi o que mais contribuiu para minha
formação.”
(Graziela, 2013)
Juliana
e você, não vai falar nada?
“Com o encontro do
seminário 4 e a construção do blog , pude perceber como funciona realmente um projeto e a importância da participação conjunta de
todos os envolvidos além da comunicação contínua . Na construção do blog , pude
absorver mais conhecimento sobre as
doenças que afetam os professores e suas
causas e tratamentos . Para mim foi muito importante , pois através de
pesquisas pude entender mais sobre a síndrome do pânico a qual sou portadora.
Vi relatos , artigos e poesias que mostram o que realmente as pessoas sentem e pelo
que passam , e me identifiquei muito com isso . Acredito que essa experiência
vai contribuir muito com minhas escolhas e atitudes daqui por diante.”
(Juliana, 2013)
Roseane, não
esquecemos de você, não, He, He, He:
“Paulo Henrique,
assim não vale, acabei ficando na berlinda, não queria ser a primeira a falar,
pois não sabia bem o que dizer, mas também não queria ser a última, pois tudo o
que tinha que ser dito já foi falado, cresci muito no trabalho colaborativo,
foi uma experiência que eu certamente levarei não só para a sala de aula, mas também
para a vida, pude compreender na prática o famoso diálogismo, como você mesmo
disse, quando me olho no espelho, não vejo mais a Rosiane de um dia antes do
seminário, vejo uma educadora mais preparada para enfrentar, junto aos meus
alunos, todos os desafios que vierem, me sinto mais preparada! Muito o que
dizer, mas as palavras me faltam!”
(Rosiane, 2013)
Roseane, Roseane,
para quem não
tinha o que falar... creio que depois de um mês, que eu possa falar por todos, também
nos sentimos assim, esse foi a transformação por qual passamos nesses dias, transformação essa que começa aqui e continua em um processo
continuo.
Depois desses depoimentos
acredito que nenhum de nós tenha duvidas de
que o rio que corre em nós seja o mesmo de
ontem ou do início desse projeto,
podemos perceber, mesmo que de maneiras distintas, até sutis em algumas
passagens, profundas transformações nas palavras de
Adriana e Graziela, quem nos conheceu ontem, certamente perceberam alguma
mudança hoje..